Caríssimos, há quem se orgulhe de falar sem dizer uma única asneira mas insiste em assassinar a língua portuguesa com expressões como "Hades cá vir", "Eles hadem de chegar" ou "Queres que repita isto de novo, outra vez?". Essas pessoas pouco iluminadas ferem os tímpanos cada vez que ouvem um C*! ou um F*!, mas não vão nas cantigas pobres dessa gente, porque recorrer a palavrões como estes é celebrar a língua portuguesa em toda a sua glória e quem os usa frequentemente e em público está no fundo a dar uma palmadinha nas costas de Camões como quem diz "realmente isto é do C*!"
Os palavrões são palavras que transbordam carga emocional, dando ênfase à mensagem e cor às expressões. Um bom palavrão bem enfaixado numa frase pode fazer a diferença entre ser bem atendido num restaurante ou não (talvez vos cuspam no prato mas vão ver que o serviço acelera). Não façam confusão, há ca#alhadas que são cirúrgicas.
Quem usa palavrões ascende a estados de espírito invejados até pelos deuses; quem usa palavrões já não fica chateado, fica F*!, podendo ficar pior que isso, como F*! p'ra C*!. E não acaba aqui, pois um praticante de palavrões uma vez injuriado já não vai bater no injuriador, porque bater é para meninos, vai no mínimo, F*! -lhe a tromba! Esses heróis da língua de Camões não insultam ninguém, eles mandam-te para o C*! que te F*! ou para a P*! que te pariu!
Obviamente que o palavrão não é apenas indicado para lidar com os filhos da P*! com quem vocês se cruzam diariamente e vos F*! o juízo, é também uma forma de lidar com as frustrações do dia-a-dia, sendo desabafos carismáticos que apesar de constrangedores para alguns, para outros têm um poder terapêutico superior a 3 horas de massagens no C*! . Quem é que quer dizer "macacos me mordam" quando pode dizer apenas C*! me F*!?
Os que continuam a achar que dizer palavrões é para iletrados e gente mal educada podem muito bem ir "comer nas nalgas" porque a maior parte de nós aprendeu a dizer palavrões na escola, que é apenas e só o cerne da formação da sociedade, exceptuando a família claro...onde muitas vezes se ouvem coisas do outro mundo também.
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