Há certas alturas na vida em que as obrigações patriotas assumem um papel da maior importância para o desenvolvimento do carácter do cidadão e remetendo para a nossa história, veremos que assim se sucedeu. Foi assim com os descobrimentos, foi assim com os nossos antepassados que foram à guerra e ainda com os nossos pais quando foram à tropa! A nós cabe-nos fazer Erasmus!
Vivemos uma época de mudança e a pergunta que se impõe é: "Nos tempos que correm fará sentido sacrificar tantos e tantos cidadãos portugueses em Erasmus?" Ao ouvir os relatos infindáveis de doenças infecciosas, fígados inchados e cabeças esmurradas há cada vez mais meninos que se acobardam, dizendo que não podem representar o país em Erasmus e para isso, inventam atestados para 3 testículos, pés chatos, ou de gaguez aguda!
Para quem viveu a experiência, não pode ter ficado indiferente. Ir um semestre para fora, lidar com Erasmus (leia-se gente gira com um apetite sexual bárbaro), reconhecer o território, acordar em sítios estranhos ao lado de estranhos, ter um dia de aulas por semana, sair todos dias, ter um companheiro de quarto que é mais desarrumado que tu e beber até cair, são os sacrifícios patrióticos que terás de fazer.
O Estado encarregar-se-á de ocultar todos estes feitos e dirá que foste apenas estudar que nem um louco, e que obtiveste a melhor nota da faculdade. Tudo isto não passa de propaganda falsa, pois a realidade crua e dura é que viajaste para fazer uma cadeira e beber copos... enfim é o país que temos.
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