O despertador toca 2h30 antes da hora normal, proferes 3 palavrões antes do banho, vestes o gorro/cachecol e calçam-se os ténis para a maratona. Entre casa e o trabalho, devido à greve dos transportes, são esperados sete quilómetros a caminhar, dezanove à boleia numa bicicleta e ainda dois a remar. Para além de todo o exercício que envolve, há mais atributos nesta jornada casa-trabalho e trabalho-casa como conhecer locais onde nunca passamos num dia "normal" que em dias destes surgem como novidade para nós. É uma forma de se redescobrir a cidade e as suas gentes, desde aquela taberna cheia às 8h00 já com diversos copos de bagaço por lavar, à gaja bem boa que vai a caminhar à tua frente, ou o amontoado de pessoas que percorrem o mesmo carreiro que tu, elementos que montam o cenário que alegra um pouco o teu dia de greve passado a trabalhar.
Um dos outros lados positivos da greve é a hipótese de poder faltar ao trabalho e usar isso como desculpa sem ter de levar com a ira do patrão.* E isso meus caros, é mesmo do C*!
* ver post "Faltar ao trabalho é do C*!" publicado no dia 22/10/2012
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