Depois de falarmos sobre Diogo Cão, voltemos atrás no tempo até 1434, para falarmos do primeiro destruidor de mitos, Gil Eanes! Este senhor é mais um exemplo que Portugal do séc. XV era a terra das oportunidades, onde um comum "Mija na Escada" se podia tornar numa pessoa importante politicamente. Esperem lá, mas ainda hoje é assim, qualquer paspalho pode ser político!
Enfim... O Gil era a creuza do Infante D. Henrique e coitado, tinha de aturar a sua grave panca pelos Descobrimentos e andar constantemente a desviar-se daquele chapéu ridículo que ele usava! Mas um dia, farto de ver barcos a encalhar no Cabo Bojador (foram 14!), o Infante perde as estribeiras e obriga o desgraçado a tentar também passar o maldito cabo. Nas redes sociais da época diziam-se coisas bem estúpidas, como: "Para além do Bojador as águas fervem tanto que podes fazer Cozido à Portuguesa!" ou "Olha que lá há um monstro horrível que se chama Vítor e mete a taxa de IVA a 30%!". Mas o Gil não foi em cantigas, escolheu o barco mais podre que lá havia e foi, de barrete encarnado, como que um forcado, enfrentar o Boi(jador) pelos cornos! Foi fácil, bastou fazer o que os outros 14 não tinham feito que era... desviarem-se do cabo!
Já do outro lado, ele constatou que o mundo não tinha acabado, a água do mar era bem boa para uma banhoca, os cães ladravam como os nossos mas haviam uns cavalos diferentes, com duas bolas nas costas e que cuspiam! De criado que aturava birras a cavaleiro e herói nacional, Gil Eanes foi do C*!
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